terça-feira, 21 de julho de 2015

RECEITAS OU POSSIBILIDADES

Na busca incessante por uma aprendizagem significativa, desde século XVII Comenius já percebeu a necessidade de se educar levando em consideração o desenvolvimento da criança, a construção do conhecimento através de experiências, a utilização da interdisciplinaridade, para tanto se constata que o trabalho didático apresentado inspirava-se na organização manufatureira do trabalho, formando-se trabalhadores para servir a indústria. O conhecimento limitou-se ao manual didático, pois se tornou um instrumento mais fácil de ser exposto, com um conteúdo limitado. Respondendo as necessidades da época.
         Pensando nessa perspectiva, reconhecemos que nos dias atuais nos reportamos a Comenius e sua Didáctica Magna, que soube no seu tempo perceber a necessidade que a sociedade buscava. E nós, estamos buscando o que a nossa sociedade precisa? Será que não é preciso pensar numa nova didática? Uma nova organização da mesma? Podemos em nosso tempo tratar o ser como uma tábua rasa, segundo a pedagogia diretiva ou um produto para o mercado como na época de Comenius? Acreditamos que já está na hora de promover uma nova didática, na qual o aluno é a peça central da aprendizagem, que possui conhecimentos prévios, que está em contato direto cotidianamente com recursos tecnológicos e que acima de tudo é um ser social.
         Na nossa concepção entendemos que a viabilização da formação integrada do ser, reconhecendo seus diferentes saberes, partindo do ponto da pesquisa e da elaboração, tanto do docente quanto do discente, não com a expectativa do otimismo ingênuo, na qual seremos os salvadores e temos as soluções, e sim com o otimismo crítico, na qual trabalharemos com uma via de mão dupla, construindo autonomamente e coletivamente, evitando o pedagocídio que está sustentado nos pilares da evasão e da repetência que tanto nos aflige.
         Nas nossas leituras entendemos que a educação ambiental tem como meta social o desenvolvimento sustentável, que gera conhecimento, aprendizagem e novas formas de enxergar a realidade. Compreendemos a importâncias das disciplinas estarem integradas no trabalho com consciência do ser social e de sua responsabilidade com o ambiente que habita.
         Pensaremos sempre, que sujeito se quer formar? Um sujeito que sirva de massa de opressão ou um sujeito capaz de criticar e mudar a sociedade em vive? Se pensarmos que a educação é transformadora dos homens, como relata Paulo Freire, poderemos conceber não as certezas, mas sim as possibilidades de mudar e tornar verídica a aprendizagem significativa.
         Em suma, a construção de idéias não se faz do nada, reconhecemos a importância que todos os teóricos tiveram em seus tempos, e a contribuição que deram à educação, mas pensamos em nosso tempo, um tempo que o conhecimento é uma arma da liberdade, que a autonomia é um direito conquistado. Aproveite-mo-os! Sabemos o papel da educação nesse no mundo, não temos receitas e sim possibilidades.
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